G-3 (Grupo do 3º Setor).: novembro 2009

MEIO AMBIENTE; Consistente Discurso ou Retórica?

O Meio Ambiente tem se tornando cada vez mais importante para muitas pessoas, para muitos pesquisadores, governos e, inclusive, organizações. A meu ver, Meio Ambiente é uma das arenas ainda pouco estudadas pela ciência, sendo que qualquer estudo que aborde a ambiente atual, convulsionado pela internacionalização das economias deve buscar contempla-lo. Além disso, longe de se tentar homogenizar os estudos de gestão do Meio Ambiente, é preciso destacar que a problemática ocasionada pela exploração, degradação e poluição da natureza parece configurar-se de forma diferenciada nas sociedades. Essa diferenciação está intimamente relacionada com o nível de desenvolvimento das diferentes nações.
O meio ambiente tem ganho relevância política, sendo ponto de discussões e preocupação dos mais diferentes setores da sociedade como as organizações não-governamentais (ONGs), as agências estatais, as indústrias, as universidades etc. A importância dada ao meio ambiente pela população aumenta a cada dia. Observo que a mais importante face deste momento é a busca crítica de conhecimento e resolução dos riscos criados pela industrialização. É nessa conjuntura de ideias, que alguns pontos como a da degradação do meio ambiente, ganham relevância, podendo ser questionadas as ações dos governos, das organizações, em relação à poluição, produção de resíduos, ciclo de vida do produto, responsabilidade social das empresas etc.
A minha preocupação com o meio ambiente é focada entre os níveis de consumo e produção de elementos geradores de resíduos que têm potencial de poluição ambiental.
Observo ainda que, no meio empresarial, a preocupação com o meio ambiente é retórica, pois não há uma racionalidade do capital que a inclua, e que sob a pressão da concorrência dos mercados globalizados, o empresário é obrigado a obedecer em todas as decisões à racionalidade monetária predominante. Quando se fala de "redução de custos" e "eficiência", o que está em jogo é apenas o 'interesse' abstrato da moeda. O cálculo empresarial exige a abstrata "redução de custos", sem levar em consideração o conteúdo sensível e as consequências naturais. Embora os empresários falem com insistência de uma melhoria na qualidade, na verdade , isso se refere sempre ao design do produto isolado, e nunca ao mundo exterior à empresa. Os resultados são "belos" produtos num meio ambiente degradado.
Do ponto de vista empresarial, a natureza e o futuro são espaços economicamente vazios, para além dos cálculos dos custos, nos quais os excrementos de produção desaparecem sem deixar vestígios. Se a economia empresarial, em busca de menores custos, menores taxas de câmbio, salários mais baixos e outras vantagens, aufere ganhos no plano monetário, no plano dos recursos naturais, ela promove um desperdício desordenado.

Por:
Ronaldo Mesquita.

Por: Ronaldo Mesquita (Presidente Nacional do G-3).

O Terceiro Setor Pode Ser entendido, de acordo com Salomon Apud Falconer (1999), como as organizações formais, privadas, não distribuidoras de lucro, autõnomas, voluntárias e de finalidade pública. Mesmo com os constantes debates a respeito da definição das organizações que pertencem a esse grupo, não há dúvidas de que representam uma quantidade de organizações no mundo e no contexto brasileiro. De acordo com a Rits - Rede de informações para o Terceiro Setor - há cerca de 250 mil Organizações da Sociedade Civil (OSC) no Brasil, empregando aproximadamente 1,5 milhão de pessoas.

G-3 (Grupo do 3º Setor).

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Folder de divulgação do G-3.

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